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Mono-carvoeiro |
(Brachyteles
arachnoides) |
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O mono-carvoeiro (Brachyteles
arachnoides) é um primata só encontrado na Mata Atlântica, cujas
populações se encontram ameaçadas pela destruição e fragmentação do
habitat e também pela atividade de caça. É o maior primata do continente
americano e o maior mamífero endêmico ao território brasileiro. Os
machos podem atingir até 15 kg.
A área de distribuição original
do mono-carvoeiro se estendia do sul da Bahia até São Paulo, incluindo
os Estados do Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, com
possibilidades de ocorrência de algumas populações no norte do Paraná. A
espécie ocupa hoje matas ombrófilas densas da região costeira e também
florestas semidecíduas do interior, principalmente nos Estados de Minas
Gerais e São Paulo.
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O isolamento das populações em
fragmentos de tamanho reduzido poderá levar a problemas de depressão por
consangüinidade no futuro próximo, além do risco de acidentes demográficos e
catástrofes locais, principalmente nas populações do norte a partir do Estado de
São Paulo. O mono-carvoeiro é um dos primatas mais
ágeis, por isso é capaz de conseguir 171 espécies de frutas, até mesmo no final
das ramas. Eles podem balançar com rapidez pelas árvores, percorrendo até 12m
com apenas um braço.
Os monos-carvoreiro têm evoluído numa sociedade muito flexível para acompanhar o
amadurecimento imprevisível das frutas. Eles se movem ao redor das florestas,
sozinhos ou em grupos de até 20 indivíduos, que se separam poucas horas depois.
Pensava-se que monos-carvoeiros
estavam extintos depois de 1926, mas eles foram redescobertos em 1974
nos Andes. O nome dado ao sistema, Muriqui Linux, é uma homenagem ao
trabalho desenvolvido pela Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN)
Feliciano Miguel Abdala , localizada na Fazenda Montes Claros, em
Caratinga, que abriga a maior população de Muriqui ou Mono-Carvoeiro (
Brachyteles hypoxanthus ), o maior macaco do continente americano e um
dos mais raros e ameaçados primatas do planeta. |
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Com área total de 957 hectares e a 391 km de Belo Horizonte, a RPPN Feliciano
Miguel Abdala surgiu do ideal de seu fundador, que desde 1976 vinha usando sua
fazenda como laboratório natural para a preservação de espécies e hoje a região
é um dos últimos refúgios do Muriqui. Devido a caça indiscriminada, a espécie
estava reduzida a aproximadamente 10 indivíduos na floresta da fazenda, mas,
graças a Abdala e às pesquisas realizadas em suas terras, a população de
muriquis foi estabilizada – o número de mortes já não ultrapassa o de
nascimentos – e conta com 150 animais, ou seja, 50% da população total da
espécie. Segundo dados da CI-Brasil, da Fundação Margot Marsh e da Comissão de
Sobrevivência de Espécies da União Mundial para a Natureza (UICN), o muriqui
está entre as 25 espécies mais ameaçadas no mundo.
A Estação Biológica de Caratinga foi criada em meados da década de 80 para
colocar aquele pedaço importante de Mata Atlântica à disposição da comunidade
científica. Dentre muitos estudos importantes realizados no local, cabe destaque
à pesquisa coordenada pela bióloga Karen Strier, da Universidade de Winsconsin,
nos Estados Unidos. Karen pesquisou sobre o comportamento do Muriqui.
Além do Muriqui, vivem na RPPN outros três importantes primatas: o
sagüi-da-serra ou sagüi-taquara ( Callithrix flaviceps ), considerado um dos
mais ameaçados dessa família; o barbado ou bugio ( Alouatta guariba ), que está
em situação vulnerável; e em maior abundância, o macaco-prego ( Cebus nigritus
).
E diante deste brilhante trabalho realizado pela RPPN, a DoctumTec tem o prazer
de prestar esta homenagem à dedicação de Feliciano Miguel Abdalla e Família na
luta pela preservação do Muriqui, consolidando a iniciativa de unir tecnologia à
preservação da vida.
Perfil Muriqui
Muriqui ou Mono Carvoeiro é o maior primta das Américas.
O muriqui macho adulto pode atingir até 15kg.
O muriqui está entre os animais em maior risco de extinção do mundo, devido a
caça, destruição de seu habitat natual e baixa taxa de reprodução da espécie.
Segundo estudos realizados sobre seu comportamento, os Muriquis têm uma
sociedade caracterizada pela harmonia, ou seja, não há disputa pelo poder e nem
por parceiros.
A alimentação dos muriquis constitui-se de 40% de folhas, 40% frutos, 10% de
flores e sementes e 10% de insetos.
A palavra muriqui significa gente tranqüila, na língua tupi. Comprimento da cabeça e corpo de 46 a
63cm, cauda de 65 a 80 cm. O adulto pesa até 9,5Kg. Vive em florestas tropicais
úmidas de regiões montanhosas. É arborícola e tem hábitos diurnos. Alimenta-se
de vegetais e insetos. Vive em grupos de 6 a 12 indivíduos. A espécie está
seriamente ameaçada de extinção, classificada como em alto risco pela IUCN(1978),
e USDI(1980) - apêndice 1 das CITES. |
Subfamília
Atelinae com 3 gêneros: Logthrix, Ateles, Barchyteles.
Tamanho máximo
1.5 m. / 11 kg.
Tempo de vida
De 20 a 25 anos. |
Dieta
Frutas e nozes (principalmente), sementes, folhas, aranhas e ovos de pássaros.
Localização
Venezuela, Colômbia, Equador, Peru, Brasil e Bolívia.
Hábitat
Florestas tropicais úmidas baixas a florestas montanhosas com 3.000 m. de
altura.
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