Lixo Hospitalar
Engº Mecânico e Consultor do Grupo Vida
Os constantes problemas, o desconhecimento, o medo, mas principalmente o desejo de que o assunto fosse tratado de uma forma técnica, profissional, levou-nos a desenvolver um projeto que resolvesse definitivamente o problema "LIXO HOSPITALAR".

|
Mais de 90% dos municípios brasileiros jogam este lixo contaminado, nos lixões, lagoas e rios para evitar gastos. |
Objetivos do projeto:
Elevar a qualidade da atenção dispensada ao assunto "resíduos sólidos dos serviços de saúde";
Permitir o conhecimento das fontes geradoras dos resíduos. A atividade Hospitalar gera uma grande variedade de tipos de resíduos distribuídos em dezenas de setores com atividades diversas;
Estimular a decisão por métodos de coleta, embalagem, transporte e destino adequados;
Reduzir ou se possível eliminar os riscos a saúde dos funcionários, clientes e comunidade;
Eliminar o manuseio para fins de seleção dos resíduos, fora da fonte geradora;
Permitir o reprocessamento de resíduos cujas matérias primas possam ser reutilizadas sem riscos à saúde de pacientes e funcionários;
Reduzir o volume de resíduos para incineração e coleta especial;
Colaborar para reduzir a poluição ambiental, gerando , incinerando e encaminhando aos órgão públicos a menor quantidade possível de resíduos.

|
Lixo hospitalar jogados em terrenos baldio. |
PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS HOSPITALARES
Etapas para Elaboração do Projeto
Reconhecer as fontes geradoras dos resíduos hospitalares;
Identificar e classificar todos os tipos de resíduos por fonte geradora ou setores e serviços envolvidos;
Rotinizar condutas para seleção, coleta e transporte dos resíduos hospitalares, classificando-os conforme as normas técnicas que foram estabelecidas e legislação vigente contemplando: periculosidade, volume e reciclagem;
Definir atribuições aos diversos serviços e setores envolvidos, com a operacionalização do programa em cada uma das suas diferentes etapas;
IDENTIFICAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS HOSPITALARES
1. RESÍDUOS INFECCIOSOS - Material proveniente de isolamentos, sangue humano e derivados, material patológico, materiais perfurantes e cortantes, resíduos de diagnóstico e tratamento (gaze, drenos, sondas, absorventes e qualquer material sujo com resíduos e fluidos corpóreos) e peças anatômicas provenientes de amputações e biopsias. Passou a ser denominado de grupo 1.
2- RESÍDUOS ESPECIAIS - Material radioativo, farmacêutico e químicos. Passou a ser denominado de grupo 2.
3- RESÍDUOS GERAIS OU COMUNS - Materiais provenientes das áreas administrativas, resíduos alimentares da produção de alimentos, áreas externas e jardins, sucatas e embalagens reaproveitáveis. Passou a ser denominado de grupo 3.
 |
100 mil crianças, animais e adultos, contaminam-se em lixões como este, espalhados pelo Brasil todos os anos. |
ACONDICIONAMENTO E DESTINO DOS RESÍDUOS HOSPITALARES
GRUPO 1 - material perfuro cortante em caixas de papelão reaproveitadas e adaptadas para esta finalidade, demais resíduos em sacos plásticos brancos identificados com a simbologia de material infectante - destino: incineração ou aterro sanitário através de sistema de coleta especial;
GRUPO 2 - material radioativo conforme legislação própria do CNEN; material farmacêutico é devolvido aos fabricantes conforme acordo na compra do próprio material;
GRUPO 3 - vidros, plásticos, papel, papelão, metais e outros materiais recicláveis recebem embalagens próprias conforme o tipo de material - destino: reciclagem interna ou venda como sucatas diversas.
Toda a elaboração do projeto teve como premissa básica de que "a separação e embalagem deve ser feita no local de orígem e não deve ser admitida a separação posterior".
Na implantação do projeto, em um hospital de 200 leitos, verificou-se que apenas 5 % em peso do lixo hospitalar, classificava-se como sendo do grupo 1, ou seja, resíduos que realmente necessitavam de cuidados e atenção especial, os demais 95 % eram idênticos aos gerados nos ambientes domésticos.
|